Relatório da Kaspersky indica que Portugal é o segundo país do mundo com mais vítimas de phishing, com 19,73% do total de ataques a nível mundial.
O ano de 2020 foi marcado pela pandemia e, consequentemente, pela transição massiva para o teletrabalho e comunicações online. Tudo isto se refletiu nas estatísticas de ataques por spam e phishing em todo o mundo. Segundo a Kaspersky, Portugal foi um dos países que mais sofreu com este tipo de ciberataque, aparecendo em segundo lugar no top dos dez países com mais vítimas de phishing, a nível global.
Segundo o mais recente relatório da Kaspersky, em 2020 foram identificados cerca de 430 milhões de tentativas de ataques de phishing, sendo que o Brasil volta a liderar a tabela dos países com maior número de vítimas afetadas (19,94%), logo seguido de Portugal, que se apresenta em segundo lugar com 19,73% do total de ataques, a nível mundial. Contudo, os indicadores de ambos os países baixaram, relativamente ao ano de 2019. Neste período, o Brasil apresentava mais dez pontos percentuais e Portugal mais seis.
O relatório mostra ainda que França – que não aparecia no top 10 desde 2015 – atingiu o terceiro lugar (17,90%) e que a Venezuela, o país líder em 2019 (e que liderou também o ranking nos dois primeiros trimestres de 2020), caiu para oitavo lugar.
Com o despertar da pandemia, os cibercriminosos utilizaram o tema COVID-19 como isco para difundir os seus ataques e, segundo os especialistas da Kaspersky, esta tendência irá permanecer em 2021. Este ano, podemos ainda esperar um aumento dos ataques contra o setor empresarial, devido à realidade cada vez mais premente do teletrabalho. Da mesma forma, os utilizadores de aplicações e sistemas de mensagens devem permanecer atentos, pois é provável que a quantidade de spam e phishing direcionada a dispositivos móveis também aumente.